Calculo do Simples Nacional 2020: como fazer?

Costumamos dizer que, de simples, o Simples Nacional só tem o nome e o número da Lei, que é 123. De resto, é um regime tributário que tem muitas peculiaridades. Elas podem tornar o seu entendimento bastante complexo, principalmente no que se refere à tributação. E então? Vamos entender de uma vez por todas o que é Simples Nacional e todas as suas características?

Para entender tudo sobre esse modelo de tributação, é essencial conhecer todos os anexos e como eles se dividem. Também é necessário conhecer quais as faixas de tributação, se todas as atividades podem ser enquadradas, vantagens e desvantagens.

O que é Simples Nacional?

O Simples Nacional é um regime tributário que une os principais tributos e contribuições existentes no país, em sua grande maioria, administrados pela Receita Federal, mais o ICMS (de âmbito dos Estados e DF) e o ISS (de âmbito dos municípios). É norteado pela Lei Complementar (LC) 123/2006 e encontra-se em vigor desde 01/07/2007.

Sofreu, desde sua publicação até os dias atuais, algumas importantes modificações. As mais significativas se referem à ampliação de limites e de atividades permitidas no âmbito deste regime. E agora, para 2018, entrarão em vigor uma série de novas mudanças, em uma das principais reformulações na Lei desde sua criação.

O Simples Nacional em 2020

O ano começou e com ele, o recolhimento de impostos. E muitas dúvidas ainda surgem em como calcular imposto Simples Nacional 2020. Embora não seja algo tão complexo, algumas dúvidas podem surgir em relação ao assunto.

E saber calcular corretamente o valor do a ser recolhido é fundamental para evitar contratempos e dores de cabeça futuros.

Como calcular imposto Simples Nacional?

Para alguns empresários a palavra cálculo pode, muitas vezes assustar. Mas é analisando com calma os dados e seguindo um passo a passo que um processo considerado complexo, se torna muito fácil.

Sendo assim, a primeira coisa que um empresário deve saber para que consiga calcular o imposto é que ele se baseia em uma tabela. Esta tabela é disponibilizada pelo site da receita Federal.

Entretanto, se você entrar no site, vai descobrir que existe mais de uma tabela. Mas não se preocupe, para saber em qual tabela sua empresa está inserida é simples: basta procurar aquela que tem a atividade desenvolvida por ela assim como, sua faixa de faturamento.

Para tanto, é preciso ter em mãos o valor do faturamento dos últimos 12 meses. Sendo assim, este valor irá determinar em qual faixa de faturamento a sua empresa estará.

Calculando a alíquota efetiva 

Para saber o que você deve pagar de alíquota de determinado mês é necessário utilizar uma fórmula com os seguintes dados:

  • Valor da receita bruta acumulada nos últimos 12 meses ( RBA)
  • Alíquota destacada no anexo ( ALIQ)
  • Parcela a ser deduzida que também estará indicada no anexo (PD)

A fórmula utilizada para o cálculo será então:

(RBA12 x ALIQ) – PD / RBA12

Ou seja, o valor da receita bruta dos últimos 12 meses será multiplicado pela alíquota e subtraído da parcela a deduzir. O resultado deve ser então divido pelo mesmo valor da receita bruta dos últimos 12 meses.

O que é fator “R”, para que ele serve e como calcular?

O Fator “R” consiste na relação da folha de pagamento e o faturamento de sua empresa nos últimos 12 meses.

Ele é um elemento de suma importância no ato de calcular imposto Simples Nacional para empresas migrar de anexo.

E por que migrar de anexo pode ser tão importante?

Para empresas que se encontram no anexo V, estar no Simples Nacional não parece mais tão vantajoso.

Dessa forma, existe um meio de migrar do anexo V para o III, sendo que este sim, é vantajoso para a empresa.

Mas isso só irá acontecer se no cálculo do fator R, o resultado for igual ou maior a 28%.

Calculando o fator R em como calcular imposto Simples Nacional

O fator R também é componente de como calcular imposto Simples Nacional. Sendo assim, é preciso entender muito bem como realiza-lo. Para tanto basta ter em mãos os seguintes dados:


Valor da folha de pagamento dos últimos 12 meses ( FP)

Cálculo da receita bruta dos últimos 12 meses ( RB)

A fórmula aplicada então será:

Fator R = FP/RB

Ou seja, o valor da Folha de pagamento dos últimos 12 meses, pelo valor da receita bruta.

Se o resultado for menor que 28%, a empresa estará inclusa no anexo V, se for maior, no anexo III.

Estes são os principais passos para calcular imposto Simples Nacional 2020 de uma maneira fácil e sem erros.

Nova NF-e Nacional unificará emissão fiscal no país a partir de 2026

Empresas devem iniciar adaptações já em 2025 para atender ao novo modelo fiscal, que conviverá com o sistema atual até 2033.

16/06/2025

 

A partir de julho de 2025, empresas de todo o país iniciarão a fase de testes da nova Nota Fiscal Eletrônica Nacional (NF-e Nacional). O modelo, que substituirá os sistemas estaduais atualmente utilizados para emissão de documentos fiscais, será obrigatório em 2026.

A mudança faz parte do processo de simplificação fiscal promovido pela Reforma Tributária, sancionada em 2024, e exigirá das empresas uma reestruturação profunda em seus sistemas fiscais e operacionais. O prazo de adaptação é considerado apertado por especialistas, especialmente diante da complexidade tributária brasileira e da necessidade de operarem dois modelos fiscais simultaneamente até 2033.

 

O que é a NF-e Nacional

A Nota Fiscal Eletrônica Nacional foi desenvolvida para unificar os sistemas estaduais de emissão de notas fiscais no Brasil. O novo modelo será obrigatório para todos os contribuintes que emitem a NF-e modelo 55 (Nota Fiscal de Produtos) e a NFC-e modelo 65 (Nota Fiscal ao Consumidor Eletrônica).

Além da unificação, a NF-e Nacional já está estruturada para atender às novas exigências trazidas pela Reforma Tributária. O documento fiscal terá campos específicos para a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e para o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substituirão tributos como PIS, Cofins, ICMS, IPI e ISS.

 

Fase de testes e cronograma de implantação

A implantação da NF-e Nacional começará com uma fase de testes a partir de julho de 2025. Essa etapa permitirá que empresas, desenvolvedores de software e órgãos fiscais ajustem seus sistemas e processos ao novo modelo.

A partir de 2026, a emissão da NF-e Nacional passará a ser obrigatória em todo o país. No entanto, o sistema atual de emissão continuará válido até 2032, com a possibilidade de prorrogação até 2033. Durante esse período, as empresas terão que administrar simultaneamente dois regimes fiscais: o modelo vigente e o novo modelo nacional.

Essa convivência prolongada exigirá investimentos em tecnologia, parametrização de sistemas e treinamento de equipes para garantir a conformidade tributária em ambas as modalidades.

 

Impactos da NF-e Nacional para as empresas

A implementação da NF-e Nacional exigirá uma série de ajustes nos sistemas de gestão (ERPs) das empresas. Será necessário:

Reconfigurar os parâmetros de emissão fiscal para atender ao novo layout da nota;
Ajustar regras de validação e cálculos tributários;
Adaptar processos internos para tratar das novas obrigações fiscais;
Garantir a correta apuração e escrituração dos novos tributos CBS e IBS.
Especialistas alertam que empresas que não iniciarem o processo de adequação com antecedência podem enfrentar riscos significativos, como autuações fiscais, inconsistências nos documentos e perda de produtividade.

Segundo a Receita Federal, a adaptação é fundamental para evitar falhas operacionais durante o período de transição e para assegurar que a apuração dos créditos tributários ocorra corretamente.

 

Desafios da convivência entre dois modelos fiscais

Um dos maiores desafios para as empresas será a convivência entre o modelo atual e a NF-e Nacional até 2033. Durante esse período, será necessário emitir notas fiscais em ambos os sistemas e manter o controle rigoroso sobre a apuração de tributos nos dois modelos.

Além disso, ainda existem pontos indefinidos sobre a Reforma Tributária que impactam diretamente a operacionalização da NF-e Nacional, como a definição da alíquota final da CBS e do IBS. Estimativas indicam que a carga tributária somada desses novos tributos poderá ultrapassar 25%, o que reforça a necessidade de planejamento financeiro e fiscal.

 

Vantagens esperadas com a nova NF-e

Entre os benefícios da NF-e Nacional estão:

Maior simplificação no processo de emissão fiscal;
Redução da cumulatividade dos tributos;
Maior transparência na apuração de créditos fiscais;
Integração facilitada entre os entes federativos;
Padronização nacional das regras fiscais.
De acordo com o Ministério da Fazenda, a nova nota fiscal eletrônica faz parte de um esforço para modernizar o sistema tributário brasileiro e reduzir a complexidade fiscal que hoje impõe altos custos de conformidade às empresas.

 

Urgência na adaptação

Diante do cronograma estabelecido, especialistas recomendam que as empresas iniciem imediatamente o planejamento e a atualização de seus sistemas. Segundo a Receita Federal, o período de testes será crucial para que empresas e fornecedores de software possam validar o correto funcionamento das novas exigências.

“Empresas que deixarem para adaptar seus sistemas apenas na véspera da obrigatoriedade correm sérios riscos de não conseguir cumprir os novos requisitos fiscais, o que pode gerar autuações e prejuízos operacionais”, alertou a Receita em nota técnica.

Além da atualização tecnológica, será necessário capacitar as equipes envolvidas no processo de emissão fiscal, incluindo áreas de contabilidade, tecnologia da informação e operação logística.

 

Próximos passos para as empresas

Para garantir uma transição segura, as empresas devem:

Verificar com seus fornecedores de ERP a disponibilidade de atualizações compatíveis com a NF-e Nacional;
Iniciar o mapeamento de processos internos que precisarão de ajustes;
Acompanhar a publicação de normas complementares da Receita Federal e dos fiscos estaduais e municipais;
Participar ativamente da fase de testes para identificar possíveis falhas antes da obrigatoriedade.

Com informações adaptadas da Agência Noar

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